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Por que a presença de um advogado é fundamental na negociação com fornecedores?

Escrito por CHC Advocacia

 

Foi-se o tempo em que o advogado era aquele que sempre emperrava uma negociação com fornecedores para defender a todo custo os interesses de seu cliente. Hoje, o papel do profissional evoluiu e ele vem se firmando como um grande facilitador na resolução de impasses.

Diferente do passado, o bom advogado, agora, é aquele que sabe que é mais importante proteger o cliente de uma forma racional do que sair em uma defesa implacável e rígida de seus interesses.

Nesse sentido, evoluiu também a importância da presença desse profissional nos processos de negociação da empresa com seus fornecedores. A partir desse acompanhamento (ou da advocacia preventiva, como vem sendo chamada), o empresário tem uma orientação assertiva e antecipada a respeito de todos os aspectos legais do contrato que poderá ser estabelecido, além da presença de uma testemunha caso haja situações adversas.

Isso garante mais segurança e tranquilidade à empresa e evita o surgimento de problemas, litígios, gastos desnecessários e processos judiciais, geralmente provocados por mera falta de cautela. Afinal, nem sempre a experiência empresarial de um executivo, e sua visão ampla do negócio, consegue ser efetiva e suficiente para tomar as medidas necessárias à adequação contratual.

A seguir, apresentamos 5 motivos que tornam o advogado indispensável para a empresa na hora da negociação com fornecedores:

1. Presta orientação sobre os aspectos legais e jurídicos da relação e do contrato que poderá ser firmado

Embora o executivo tenha uma visão clara de onde quer chegar e o que exatamente pretende obter com determinada negociação, só o advogado tem conhecimento técnico suficiente para fazer valer algumas propostas, frear outras ou sugerir questões até então não mencionadas pelas partes.

É ele quem analisará todos os pontos que entrarão na discussão e, com isso, advertir o empresário a respeito de riscos eventuais que poderão surgir no futuro e os caminhos legais mais seguros de cada detalhe da negociação.

Afinal, nem sempre a maneira mais fácil ou a proposta mais vantajosa consegue ser a melhor opção para o negócio: uma empresa séria precisa pensar a longo prazo e se precaver de problemas que podem surgir logo adiante.

2. Analisa com cuidado cada detalhe da redação do contrato de negociação com fornecedores

A negociação chegou ao fim, os pontos de interesse de ambas as partes foram acertados e a empresa decidiu fechar contrato com o fornecedor em questão. A prudência, porém, não termina aí. Bem pelo contrário: ela está só começando.

Afinal, de nada adianta alinhar corretamente todos os aspectos jurídicos durante as discussões da mesa de negociação, se é o contrato que irá refletir expressamente tudo o que passará a ser válido a respeito do acordo firmado entre ambas as partes.

Mais uma vez, nesse caso, o advogado entra como parte essencial do processo. Ele não permitirá, por exemplo, que o contrato escrito seja mal elaborado, com cláusulas de sentido dúbio que poderão gerar discussões no futuro e falhas na condução do negócio. Esse, aliás, é um ponto extremo no momento de fechar negócio.

Em geral, os problemas mais comuns que surgem de um contrato mal feito são descuidos envolvendo a falta de clareza e precisão do objeto do contrato e da descrição dos serviços; a inexistência de sanções a serem aplicadas por eventual descumprimento de obrigações e a ausência de hipóteses de rescisão e suas consequências.

A falta de uma análise minuciosa a respeito do conteúdo do contrato pode dar brechas para interpretações dúbias, que favoreçam a outra parte, ou, até mesmo, acarretar na nulidade do contrato caso os requisitos mínimos não tenham sido cumpridos.

3. Evita problemas que precisam ser discutidos por via judicial

Finalizar uma negociação que agradou ambas as partes e assinar um contrato bem feito, capaz de ampará-las cada qual a seu modo, não só traz segurança aos envolvidos, como também evita que problemas futuros se tornem insustentáveis. Dessa forma, caso o fornecedor não venha a cumprir com uma de suas obrigações, o ajuste fica limitado às próprias partes.

Elas têm condições, por exemplo, de acertar novos prazos e negociar entre si, com base em um contrato bem feito que as autorize a isso e não dê margem para discussões e entendimentos diferenciados.

Isso diminui as chances de as partes entrarem em conflitos e terem de buscar socorro na Justiça, na qual a demanda levaria anos para ser resolvida.

4. Tem uma visão ampla, que engloba todas as outras obrigações que a empresa tem

Assim como o executivo, o advogado que auxilia a empresa também tem uma visão ampla do negócio do seu cliente. Esse conhecimento é de extrema importância caso o conteúdo da negociação em debate seja amplo o suficiente para atingir outras obrigações mais delicadas da empresa, que podem ter repercussão jurídica mais adiante.

É o caso, por exemplo, de a empresa negociar a aquisição de produtos perigosos ao ambiente e se concentrar apenas nas questões que envolvem esse processo em específico, como preço e entrega do fornecedor.

A presença do advogado, nesse momento, serve para amenizar também as questões que vão além da determinada compra em si.

Ele precisa analisar, por exemplo, o que diz a legislação e as exigências regulatórias a respeito das características e especificações do produto; quais os possíveis danos que o uso podem proporcionar ao meio ambiente; qual o tipo de transporte e armazenamento mais adequado e se haverá a necessidade de a empresa buscar alguma licença e certificação junto a agências reguladoras.

Esse tipo de análise antecipada pode evitar, inclusive, problemas futuros relacionados à imagem da empresa frente ao consumidor final e à imprensa.

5. É isento

Por não estar envolvido diretamente com a empresa e com a negociação em si, o advogado possui isenção emocional em relação ao processo, o que o torna racional na busca por um entendimento entre as partes. Ele também conhece os limites da empresa, inclusive do ponto de vista financeiro, e pode ajudar a transformar aquele processo em uma relação ganha-ganha (onde ninguém perde, todos ganham).

Todo esse cuidado não só garante proteção para a empresa, como também gera respeito e boa impressão ao fornecedor. Uma boa negociação com fornecedores é essencial para que pequenas empresas sejam mais competitivas no mercado.

Isso pode levar a parcerias mais sólidas e de longo prazo, o que pode se tornar uma estratégia vantajosa para os dois lados. Afinal, você, como bom empresário, sabe que cliente antigo e bom pagador sempre tem acesso a descontos e preferência nos produtos e matérias-primas.

Gostou do artigo? Caso ainda tenha dúvidas, ou necessite de orientações a respeito de como agir em determinada circunstância, entre em contato com a nossa empresa para que possamos lhe ajudar.

2 comentários em “Por que a presença de um advogado é fundamental na negociação com fornecedores?”

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